Rodrigo Patto Sá Motta

Rodrigo Patto Sá Motta
Nascimento [quando?]
[onde?] Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Historiador
Professor
Principais interesses
Instituições

Rodrigo Patto Sá Motta é um historiador brasileiro, especialista na área de História do Brasil República e História Política, com ênfase em golpe de 1964, ditadura civil-militar brasileira, anticomunismo, memória, esquerdas políticas e História do tempo presente.[1] Rodrigo Patto Sá Motta foi finalista do Prêmio Jabuti 2015, na categoria Ciências Humanas, com o livro As Universidades e o Regime Militar.[2] O mesmo livro do autor também foi um dos finalistas do Prêmio Rio de Literatura[3] e figurou na lista das melhores obras de não ficção lançadas em 2014 feita pelo jornal O Globo, do Rio de Janeiro[4]. Rodrigo Patto Sá Motta também prestou assessoria à Comissão da Verdade em Minas Gerais.[5]

Trajetória profissional

Rodrigo Patto Sá Motta é formado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo (2000).[6] É Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais e também pesquisador de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.[6]

Durante sua trajetória profissional também foi professor visitante e professor-pesquisador em várias instituições internacionais, como a Universidade de Maryland, Universidad de Santiago, Universidad Nacional de Colombia e na Universidade de Paris III. Entre 2013 e 2015 foi presidente da Associação Nacional de História (ANPUH).[7] Durante o seu mandato defendeu o Projeto de Lei 4699/12, que regulamenta a profissão de historiador.[8] Como integrante da Comissão da Verdade em Minas Gerais atuou como assessor, e também no acesso a documentações relacionadas aos movimentos estudantis do período, até 2018.[9]

Obra

Rodrigo Patto Sá Motta vem desenvolvendo trabalhos inseridos no campo da nova história política do Brasil, em especial ao problematizar as diferentes representações da ditadura civil-militar brasileira em fontes da imprensa, a estruturação dos aparatos repressivos da ditadura civil-militar no país, e a história das universidades nesse mesmo contexto, com ênfase aos sistemas de inteligência e ao desenvolvimento das instituições.[10] Tem desenvolvido também alguns trabalhos na área de Teoria da História e de História do Tempo Presente,[11] pensando metodologicamente a aplicação de alguns conceitos como "cultura política",[12] anticomunismo, democracia, modernização e repressão.[13] Entre seus trabalhos de cunho teórico é destacável também suas reflexões acerca do papel político-social dos historiadores brasileiros e as relações entre memória e história nas construções de diferentes narrativas sobre o passado próximo.[14]

Em seu livro Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil, publicado em 2002 pela editora Perspectiva, abordou especialmente o anticomunismo no Brasil, entre os anos de 1917 e 1964, e como ele foi decisivo para a ditadura do Estado Novo.[15] Sua abordagem contribuiu diretamente para as análises sobre o papel do anticomunismo no unificação dos setores de oposição ao governo de João Goulart.[16] Suas análises foram apresentadas na Bienal do Livro em 2017[13] e mais recentemente Motta comparou o anticomunismo no Brasil à retórica de ataques ao Partido dos Trabalhadores por Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Olavo de Carvalho e Rodrigo Constantino.[17]

Ver também

Referências

Bibliografia

  • ALMEIDA, Rodrigo de (2014). «1964: crescimento e repressão andaram juntos nas universidades brasileiras/». Consultado em 28 de julho de 2018 
  • BALTHAZAR, Ricardo; Lucas FERRAZ, Érica FRAGA, Bernardo Mello FRANCO, Fabiano MAISONNAVE, Ricardo MENDONÇA (2014). «Fontes e referências». Consultado em 29 de julho de 2018  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • CAZES, Leonardo (7 de setembro de 2017). «Bienal do Livro: origens e ecos da Revolução Russa são tema de debate. Mesa reuniu os historiadores Daniel Aarão Reis e Rodrigo Patto Sá Motta e a jornalista Maria Cristina Fernandes». Consultado em 28 de julho de 2018 
  • CORREIO BRAZILIENSE (2014). «Comissão aprova proposta que regulamenta profissão de historiador». Consultado em 29 de julho de 2018 
  • CUNHA, Fátima; LEMOS, Alan; LIMA, Simonne; SARCINELLI, Izabella (2016). «Prêmio Rio de Literatura divulga lista de finalistas da primeira edição. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação». Consultado em 28 de julho de 2018 
  • GONÇALVES, Leandro Pereira; FILHO, José Oliveira da Silva; CONEDERA, Leonardo de Oliveira (2014). «Entrevista: Rodrigo Patto Sá Motta». Oficina do Historiador. Consultado em 6 de Junho de 2018 
  • GLOBO, O (2014). «Os melhores livros de 2014. Jornal O Globo». Consultado em 28 de julho de 2018 
  • LIMA, José Antonio (22 de maio de 2013). «Tortura é anterior à luta armada da esquerda, mostra CNV». Consultado em 31 de julho de 2018 
  • MOTTA, Rodrigo Patto de Sá (2002). Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva 
  • MOTTA, Rodrigo Patto Sá (2018). «Cultura política e ditadura: um debate teórico e historiográfico». Revista Tempo e Argumento. Consultado em 6 de Junho de 2018 
  • Motta, Rodrigo Patto Sá (2019). «ANTICOMUNISMO E ANTIPETISMO NA ATUAL ONDA DIREITISTA». In: Bohoslavsky, Ernesto Lázaro; Motta, Rodrigo Patto Sá; Boisard, Stéphane. Pensar as direitas na América Latina. São Paulo: Alameda. OCLC 1111626716. Consultado em 14 de novembro de 2020. Passando ao quadro atual e à comparação/analogia entre os discursos do anticomunismo histórico e do antipetismo, nossa análise vai se centrar nos textos de quatro publicistas que ocupam lugar central na recente mobilização de direita: Olavo de Carvalho, que também é um filósofo autodidata, Reinaldo Azevedo, o único com formação em jornalismo, Diogo Mainardi e Rodrigo Constantino (formado em economia). Trata-se de grupo muito influente na formação da opinião de direita, atuando tanto na mídia tradicional como nas chamadas redes sociais. Todos publicaram coletâneas de seus textos divulgados originalmente na mídia, aliás, livros com alta vendagem. }
  • OLIVEIRA, Marcus Roberto de (2004). «A ideologia anticomunista no Brasil.». Rev. Sociol. Polit. [online]. ISSN 0104-4478. Consultado em 29 de julho de 2018 
  • RLCA (2015). «Prêmio Jabuti 2015 - Finalistas». Consultado em 28 de julho de 2018 
  • SAYURI, Juliana (11 de agosto de 2017). «Crise política amplia interesse pela chamada história do tempo presente. Jornal Folha de S.Paulo». Consultado em 31 de julho de 2018 
  • TEÓFILO, José; LEAL, Bruno (2017). «Ditadura militar no Brasil: historiografia, política e memória». Café História. Consultado em 6 de Junho de 2018 
  • TRAVASSOS, Celso (2018). «Comissão da Verdade mineira entrega relatório final à UFMG». Consultado em 29 de julho de 2018 
  • UFMG (7 de fevereiro de 2018). «Comissão da Verdade mineira entrega relatório final à UFMG». Consultado em 31 de julho de 2018 

Ligações externas

  • Sítio oficial , LHTP-UFMG
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