Rio Giraul

Giraul
Nascente Serra da Chela
Foz Oceano Atlântico
Afluentes
principais
Maconge, Tampa, Bumbo, Mualongoloca, Tenteca, Ndiombo
País(es)  Angola
País da
bacia hidrográfica
 Angola

O rio Giraul, por vezes também grafado Giraúl, é um curso de água de Angola que faz parte da Vertente Atlântica.

O Giraul nasce na Serra da Chela e atravessa toda a árida província do Namibe até ao oceano Atlântico, onde desagua, a norte da cidade de Moçâmedes. O seu curso é bastante declivoso, serpeando através de altos morros em terrenos pedregosos[1]. Trata-se de um rio de regime torrencial que se torna caudaloso nos meses de fevereiro e março, por períodos curtos de alguns dias ou semanas. São afluentes do rio Giraul o Maconge, o Tampa, o Bumbo, o Mualongoloca, o Tenteca e o Ndiombo[2].

As margens do rio Giraul são habitadas deste tempos pré-históricos, o que é comprovado pela descoberta de estações arqueológicas líticas[3]. Em 2011, grandes enxurradas destruíram a ponte rodoviária que cruzava o rio Giraul e por onde passava a Estrada Nacional 280, que liga as cidades de Moçâmedes e Lubango[4]. Nova ponte foi inaugurada em 2015. Com 605,7 metros de extensão -- o que faz dela a segunda maior da província do Namibe e a quarta do país[5] --, recorre à tecnologia LED e à energia solar para assegurar a sua iluminação durante a noite. Assim, foi possível levar luz a esta via que, de outra forma, nunca poderia ser iluminada, dado o enorme custo associado a levar linhas elétricas até este local remoto[6].

Nota linguística: Ambas as formas são utilizadas em Angola. Pelas regras ortográficas da língua portuguesa, o vocábulo não deve ser graficamente acentuado (Giraul)[7]. No entanto, na sinalética existente no local, o nome do rio tanto é escrito com acento (Giraúl)[8] como sem ele (Giraul)[9].

Referências

  1. «Namibe já foi Mossamedes no antigamente....». mossamedes-do-antigamente.blogspot.com. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  2. CÉSAR, Joaquim (2014). Avaliação das Terras de Pastoreio Extensivo na Província do Namibe - Angola (PDF). Lisboa: Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. pp. 43–44. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  3. «Namibe: Descobertas estações arqueológicas líticas». www.angola.org. The Embassy of the Republic of Angola - News Archives. 2016. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  4. «Construção da ponte sobre Rio Giraul arranca em Maio - Reconstrução Nacional - Angola Press - ANGOP». http://www.angop.ao. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  5. UPALE, João (2015). «Ponte sobre o rio Giraul de Cima em conclusão». Jornal de Angola - Online. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  6. «Iluminación del Puente sobre el río Giraul». Global Modern Developments (em espanhol). Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  7. A exemplo de Raul, Saul ou Paul
  8. Placa com o nome do rio
  9. Placa com o nome do rio

Ver também

Ícone de esboço Este artigo sobre geografia de Angola, integrado ao projecto Angola, é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e
Vertente atlântica
Bengo • Bero • Cambongo-Negunza • Catumbela • Cavaco • Chiluango • Chiquela • Congo ou Zaire • Coporolo • Cuanza • Cubal-Quicombo • Cunene • Cunenga • Curoca • Cuvo-Queve • Dande • Giraul • Gulungo • Loge • Longa • Lua • Luai • Mebridege • Onzo • Sanga-Tangaio
Afluentes: Bamba • Caema • Cavele • Cazanga • Chiouco • Calamba • Carília • Cassolobir • Cuquendo • Cussoi • Engiva-Uiri • Evale • Inde • Indo • Ipembe • Cuanca • Lai • Landa • Luambimbe • Mazungue • Silo • Uango • Unjoa-Sanjoa
Vertente do Calaári
Afluentes: Cuchi • Cuebe • Cuito
Vertente do Congo
Congo • Cassai • Cuango
Afluentes: Cambo • Chicapa • Chiumbe • Cuílo • Dala • Lui • Luachimo • Luangue • Luembe • Lulo
Vertente do Cuanza
Afluentes: Lucala • Luando • Lulué • Gango
Vertente do Cunene
Afluentes: Caculuvar • Catonga • Chitanda • Que
Vertente do Cuvelai-Etosha
Afluentes: Etaka • Nipelo
Vertente do Zambeze
Afluentes: Luanginga • Luena • Luiana • Lungué-Bungo • Utembo
Projecto Angola  • Portal de Angola
  • Portal de Angola