Monique Gardenberg

Monique Gardenberg
Nascimento 27 de julho de 1958 (65 anos)
Salvador
Cidadania Brasil
Ocupação realizadora de televisão, realizadora de cinema, roteirista
Prêmios
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Monique Pedreira Gardenberg (Salvador, 28 de julho de 1958) é uma cineasta, diretora teatral e produtora cultural brasileira.

Biografia

De mãe baiana de família tradicional e pai judeu polonês, Monique nasceu em Salvador e passou parte da infância em Santos.

Em 1975, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[1] Ligada ao Movimento Estudantil, em seguida passou a ser diretora cultural do Centro Acadêmico, promovendo shows e eventos na Universidade. A partir daí, entrou em contato com gravadoras e artistas, trabalhou como manager numa turnê de Milton Nascimento, tornou-se empresária de Djavan e Marina Lima. Assim que concluiu o curso de Economia, passou a produzir peças teatrais de Gerald Thomas.

Em 1982, em parceria com sua irmã Sylvia Gardenberg, criou a Dueto Produções, através da qual produziu grandes eventos culturais periódicos, como o Free Jazz Festival (1985-2001), o Carlton Dance (nove edições) e o TIM Festival (a partir de 2003), além de shows no Brasil de artistas internacionais como Rolling Stones e Elton John.

Em 1989, fez um curso de 3 meses na escola de cinema da New York University, onde realizou os curtas-metragens "Insônia" e "Day 67". De volta ao Brasil, tentando iniciar-se na realização cinematográfica exatamente no difícil período Collor, Monique descobriu que, para viabilizar seu primeiro projeto de longa-metragem, precisava antes provar que podia dirigir um curta de forma profissional. Assim, realizou "Diário noturno" (1993), que recebeu quatro prêmios no Festival de Gramado, incluindo o de melhor direção de curta, e foi selecionado para o Festival de Veneza.

Em 1996, seu primeiro longa-metragem, "Jenipapo", parcialmente falado em inglês, foi selecionado para o Sundance Film Festival, além dos festivais de Toronto e Roterdã.

A partir daí, passou também a dirigir videoclipes, tendo sido premiada por "Não Enche", com Caetano Veloso, com o qual realizou também dois espetáculos filmados - "Caballero da Fina Estampa" (1996) e "Prenda Minha" (1999), ambos lançados em DVD. Voltando também à produção teatral, trabalhou com José Celso Martinez Corrêa, Bia Lessa e Pedro Cardoso.

Em 2002, Monique tornou-se também diretora teatral, levando aos palcos "Os Sete Afluentes do Rio Ota", de Robert Lepage, espetáculo de cinco horas duração que fez grande sucesso de público e concorreu ao Prêmio Shell em 5 categorias - direção, ator (Caco Ciocler), cenário (Hélio Eichbauer), figurino (Marcelo Pies) e iluminação (Maneco Quinderé).

Com seu segundo longa, "Benjamim" (2004), adaptado do livro homônimo de Chico Buarque, Monique trabalhou com o ator Paulo José e lançou a atriz Cléo Pires. O filme foi premiado nos Festivais do Rio e de Miami, inclusive como Melhor Filme.

Em 2005, voltou ao teatro, montando a peça "Baque", de Neil Labute, com Emílio de Mello, Deborah Evelyn e Carlos Evelyn.

Em 2007, Monique lançou seu terceiro longa-metragem, "Ó Paí, Ó", a partir de uma peça de Márcio Meirelles que havia sido grande sucesso nos anos 1990 do Bando de Teatro Olodum. Entretanto, o longa recebeu algumas críticas.[2][3][4] Em 2010, ganhou uma série na TV, exibida pela Rede Globo.

Em 2014, Monique esboçou os primeiros passos da sequência do filme Ó Paí Ó, com roteiro de Lusa Silvestre.[5] A participação do ator Lázaro Ramos no elenco, assim como no primeiro, está confirmada.

Filmografia

  • 2018: Paraíso Perdido[6]
  • 2007: Ó paí, ó
  • 2003: Benjamim
  • 1996: Jenipapo
  • 1993: Diário Noturno (curta)
  • 1989: Day 67 (curta)
  • 1989: Insônia (curta)

Referências

  1. «Os afluentes de Monique Gardenberg -». SESC SP. Consultado em 20 de setembro de 2023 
  2. http://www.revistacinetica.com.br/opaio.htm
  3. http://www.cineplayers.com/critica/o-pai-o/969
  4. http://omelete.uol.com.br/cinema/o-pai-o/
  5. http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/17544-filme-o-pai-o-tera-segundo-episodio.html
  6. «Monique Gardenberg volta ao cinema com 'Paraíso Perdido', embalada por canções românticas». O Globo. 30 de maio de 2018. Consultado em 4 de junho de 2018 
  • v
  • d
  • e
Filmes dirigidos por Monique Gardenberg
Jenipapo (1995) • Benjamim (2003) • Ó Paí, Ó (2007)
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