Desproporção cefalopélvica

Desproporção cefalopélvica
Desproporção cefalopélvica
Defeitos pélvicos que podem impedir a passagem do feto.
Especialidade obstetrícia
Classificação e recursos externos
CID-10 O33.9
CID-11 304418058
DiseasesDB 2203
MeSH D052178
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Desproporção cefalopélvica (DCP) (do grego-latim cephalos, cabeça) é um termo obstétrico para quando a pelve materna não é larga suficiente para permitir a passagem da cabeça do bebê.

Pode ser devido a uma pequena pelve, a uma forma androide (masculinizada) da pele, a um grande feto, a uma desfavorável posição do feto ou de uma combinação destes fatores.

Certas condições médicas podem distorcer ossos pélvicos, tais como raquitismo ou fratura da pelves.

Medir o maior diâmetro da cabeça do bebê (mais de 10cm é muito grande) com uma ecografia e a dilatação do cérvix (menos de 10cm pode não ser suficiente) permite prever esse problema antes do parto normal.[1]

Causas

Um grande feto (macrossomia fetal) pode ser causado por diabetes gestacional, gravidez prolongada, fatores genéticos e é mais comum após muitos filhos.

A forma da pelve também pode ser inadequada por malformações, fraturas ou andrógenas.[2] Adolescentes com menos de 15 anos e mulheres pequenas frequentemente tem a pelve menor que o necessário para um parto normal seguro.[3]

Diagnóstico

O diagnóstico de CPD pode ser durante o trabalho de parto, quando o bebê não está descendo adequadamente.

Teoricamente, medir a pelve (pelvimetria) pode identificar desproporção cefalopélvica. No entanto, a pelve relaxa antes do nascimento (com a ajuda de hormônios como a relaxina). Uma revisão de Cochrane, em 2017, descobriu que havia pouca evidência dos benefícios da pelvimetria quando o bebê está em apresentação cefálica.[4] Uma revisão em 2003, chegou à conclusão que a pelvimetria não altera o gerenciamento das mulheres grávidas e recomendou que todas as mulheres deveriam ser permitidas a iniciar o trabalho de parto normal, independentemente dos resultados da pelvimetria.[5] A pelvimetria foi considerada como um desperdício de tempo, causando cesárias e desconforto desnecessário.

Tratamento

No caso de um feto maior que o esperado para a semana de gestação, os obstetras recomendam a indução do trabalho de parto antes de 40 semanas. Se o trabalho de parto já começou, a DCP é indicação absoluta de cesariana

Ver também

Referências

  1. «Maternal height and external pelvimetry to predict cephalopelvic disproportion in nulliparous African women: a cohort study». BJOG. 107. PMID 10955423. doi:10.1111/j.1471-0528.2000.tb10394.x [ligação inativa]
  2. «Cephalopelvic Disproportion (CPD): Causes and Diagnosis». American Pregnancy Association (em inglês). Consultado em 22 de março de 2016 
  3. «Adolescent Pregnancy: A Review of the Literature». The Family Coordinator. 28. JSTOR 583263. doi:10.2307/583263 
  4. «Pelvimetry for fetal cephalic presentations at or near term for deciding on mode of delivery». Cochrane collaboration 
  5. «A retrospective review of performance and utility of routine clinical pelvimetry.». Fam Med. 36. PMID 15243832 
  • v
  • d
  • e
Gravidez que
termina em aborto
Edema, proteinúria e
transtornos hipertensivos
Outros, predominantemente
relacionados à gravidez
Assistência por motivos ligados ao
feto e ao saco amniótico e por
possíveis problemas relativos ao parto
Complicações do trabalho
de parto e do parto
Complicações maternas nas
semanas seguintes ao nascimento
Febre puerperal · Cardiomiopatia periparto · Tireoidite pós-parto · Galactorreia · Depressão pós-parto
Complicações fetais
Outros