Degeneração macular


Degeneração macular
Degeneração macular
Imagem de fundo de olho exibindo degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
Especialidade oftalmologia
Classificação e recursos externos
CID-10 H35.3
CID-9 362.50
CID-11 132054917
DiseasesDB 11948
MedlinePlus 001000
eMedicine article/1223154
MeSH D008268
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A degeneração macular (português brasileiro) ou degenerescência macular (português europeu), também conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI) ou degenerescência macular da idade (DMI), é uma condição médica que provoca perda de visão no centro do campo visual (a mácula), devido a danos na retina.[1] O início do quadro é frequentemente assintomático. Com o tempo, no entanto, os indivíduos acometidos percebem uma piora gradual da visão, que pode afetar um ou ambos os olhos, que torna difícil a realização de atividades rotineiras, como dirigir, ler e até mesmo reconhecer rostos. O paciente também pode sofrer alucinações visuais não relacionadas a qualquer distúrbio mental.[1]

A degeneração macular normalmente ocorre em pessoas idosas. Além da condição etária, fatores genéticos e o tabagismo também podem influenciar o processo de danos à mácula. O diagnóstico é feito pelo exame oftalmológico completo, onde a degeneração é classificada como precoce, intermediária ou tardia.[1][2][3] Adicionalmente, ela é classificada quanto à sua apresentação: exsudativa/úmida ou atrófica/seca, sendo que a segunda forma corresponde à 90% dos casos.[1][4][2][5]

A prevenção inclui a prática de exercícios físicos regulares, boa alimentação e não tabagismo.[1] Não há evidências de que vitaminas antioxidantes e minerais possam ser úteis na prevenção da degeneração macular, mas suplementos vitamínicos podem retardar a progressão da doença.[6] Não existe cura ou tratamento para os graus de visão perdidos. Na forma exsudativa/úmida, a injeção intravítrea de anti-VEGF (fator de crescimento endotelial) ou, menos comumente, a fotocoagulação a laser e a terapia fotodinâmica podem retardar o agravamento do quadro.[1][7][8]

Estima-se que, no ano de 2010, a degeneração macular afetou 23,5 milhões de pessoas no mundo.[9] Em 2013, a doença em estágio moderado a grave afetou outras 13,4 milhões pessoas, tornando-se a quarta causa mais comum de cegueira, após a catarata, partos prematuros e o glaucoma.[10] A degeneração macular acomete geralmente indivíduos com mais de cinquenta anos e nos Estados Unidos é a causa mais comum de perda de visão nessa faixa etária.[1][4] Cerca de 0,4% das pessoas entre 50 e 60 anos tem a doença, 0,7% das pessoas entre 60 a 70, 2,3% das pessoas entre 70 a 80 anos e quase 12% das pessoas com mais de 80 anos de idade.[4]

Referências

  1. a b c d e f g «Facts About Age-Related Macular Degeneration». National Eye Institute. U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2015. Consultado em 23 de Agosto de 2016 
  2. a b Torres et al 2009, p. 406-412.
  3. Kudrimoti et al 2012, p. 505.
  4. a b c Mehta 2015, p. 377-391.
  5. Queiroz et al 2010, p. 400-406.
  6. Evans, Henshaw 2008.
  7. Garcia Filho et al 2012, p. 63-69.
  8. Nehemy 2006, p. 955-958.
  9. Velez-Montoya et al 2014, p. 423-441.
  10. OMS 2015, p. 743-800.

Bibliografia

  • «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013». The Lancet (em inglês). 386 (9995): 743-800. Agosto de 2015. ISSN 1474-547X  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda); |coautores= requer |autor= (ajuda)
  • Garcia Filho, C.A.A.; Penha, F.M; Garcia, C.A.A. (2012). «Tratamento da DMRI exsudativa: revisão das drogas antiangiogênicas» (PDF). Revista Brasileira de Oftalmologia. 71 (1): 63-69. ISSN 1982-8551. Consultado em 23 de agosto de 2016  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  • Evans, J.R.; Henshaw, K. (janeiro de 2008). «Antioxidant vitamin and mineral supplements for preventing age-related macular degeneration». Cochrane Database System Reviews (em inglês). 23 (1). ISSN 1469-493X. Consultado em 23 de agosto de 2016  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  • Kudrimoti, A.M.; Williams, A.L.; Williams, P.M. (2014). «Capítulo 44: Deficiências auditivas e visuais do idoso». In: South-Paul, J.E.; Matheny, S.C.; Lewis, E.L. Current Diagnóstico e Tratamento: Medicina de Família e Comunidade 3ª ed. Porto Alegre: Amgh. pp. 501–508. ISBN 9788580552966 
  • Mehta, S (setembro de 2015). «Age-Related Macular Degeneration». Primary Care (em inglês). 34 (3): 423-441. ISSN 0095-4543. Consultado em 23 de agosto de 2016 
  • Nehemy, M.B (2006). «Degeneração macular relacionada à idade: novas perspectivas» (PDF). Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 69 (6): 955-958. ISSN 1678-2925. Consultado em 23 de agosto de 2016 
  • Queiroz, J.M.; Queiroz Jr., J.M.; Queiroz, F.J.C. (2010). «Degeneração macular relacionada à idade: considerações histopatológicas» (PDF). Revista Brasileira de Oftalmologia. 69 (6): 400-406. ISSN 1982-8551. Consultado em 23 de agosto de 2016  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  • Torres, R.S.A.; Maia, M.; Muccioli, C.; Winter, G.; Souza, G.K.; Pasqualotto, L.R.; Luchini, A.; Précoma, D.B. (2009). «Fatores modificáveis da degeneração macular relacionada à idade» (PDF). Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 72 (3): 406-412. ISSN 1678-2925. Consultado em 23 de agosto de 2016  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  • Velez-Montoya, R.; Oliver, S.C.; Olson, J.L.; Fine, S.L.; Quiroz-Mercado, H.; Mandava, N. (março de 2014). «Current knowledge and trends in age-related macular degeneration: genetics, epidemiology, and prevention». Retina (em inglês). 34 (3): 423-441. ISSN 1539-2864. Consultado em 23 de agosto de 2016  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
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