Chlamydophila pneumoniae

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChlamydophila pneumoniae

Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Chlamydiae
Ordem: Chalmydiales
Família: Chlamydiaceae
Género: Chlamydophila
Espécie: C. pneumoniae
Nome binomial
Chlamydophila pneumoniae
(Grayston et al. 1989) Everett et al. 1999

A Chlamydophila pneumoniae, anteriormente conhecida como Chlamydia pneumoniae, é uma bactéria gram-negativa, um parasita obrigatório intracelular e um dos principais agentes causadores de pneumonia, bronquite e faringite bacterianas. A sequência do genoma desta espécie foi publicada em 1999.

Classificação

Foi identificado pela primeira vez em Taiwan e nomeado TW-183, depois nos EUA em Seatle onde recebeu o nome de AR-39. Quando identificatam que era o mesmo micro-organismo passou a ser denominado TWAR (Taiwan acute respiratory agent).[1]

Ciclo de vida

Em sua forma elementar, é resistente ao estresse ambiental podendo sobreviver algumas horas fora do organismo. Ao ser fagocitada por uma célula, modifica seu corpo para sua forma reticular, resistente aos lisossomos onde começa a se replicar dentro do endossoma. Ao retornar a sua forma elementar, matam as células infectadas e se espalham para as células vizinhas. O período de incubação na infecção por C. pneumoniae é de várias semanas.

Patologias

A Chlamydophila pneumoniae infecta seres humanos causando diversas doenças respiratórias. No pulmão é considerada como uma infecção atípica, pois a típica é a causada pelo Streptococcus pneumoniae.

Infecção crônicas estão associadas a processos degenerativos cardiovasculares e cerebrais, assim como com um risco aumentado de câncer de pulmão. [5]

Sua infecção aguda costuma ser confundida com asma. [6] [7]

Transmissão

É transmissível pela saliva, por contacto interpessoal com as mucosas e através da inalação de aerossóis contaminados.

Epidemiologia

Através de análises da resposta imunológica (IgA e IgG) estima-se que entre 19 e 32% das crianças, 47% e 67% dos adultos e 80% dos idosos já tenham sido infectados por essa bactéria. Provavelmente mais de uma vez ao longo da vida. É mais comum em homens. [1]

Tratamento

Pode ser eliminada com o uso de antibióticos macrolídeos.

Em outros animais

Esta espécie causa também doenças em koalas, cobras-papagaio, e outros tipos de répteis como iguanas e tartarugas.

Referências

  1. a b JAIRO FERNANDES DOS REIS JÚNIOR e Fátima Soares Motta Noronha (2007) "Chlamydophila pneumoniae e Asma: Existe uma Conexão?". Monografia do Instituto de Ciências Biológicas-UFMG. Disponível em: http://microbiologia.icb.ufmg.br/monografias/12.PDF (Visualizado em 07/12/2013)
  2. Mussa FF, Chai H, Wang X, Yao Q, Lumsden AB, Chen C (June 2006). "Chlamydia pneumoniae and vascular disease: an update". J. Vasc. Surg. 43 (6): 1301–7. doi:10.1016/j.jvs.2006.02.050. PMID 16765261.
  3. Takaoka N, Campbell LA, Lee A, Rosenfeld ME, Kuo CC (February 2008). "Chlamydia pneumoniae infection increases adherence of mouse macrophages to mouse endothelial cells in vitro and to aortas ex vivo.". Infection and Immunity 76 (2): 510–4. doi:10.1128/IAI.01267-07. PMID 18070891.
  4. Sriram S, Stratton CW, Yao S, et al. (1999). "Chlamydia pneumoniae infection of the central nervous system in multiple sclerosis". Annals of Neurology 46 (1): 6–14. doi:10.1002/1531-8249(199907)46:1<6::AID-ANA4>3.0.CO;2-M. PMID 10401775.
  5. Zhan P, Suo LJ, Qian Q, et al. (March 2011). "Chlamydia pneumoniae infection and lung cancer risk: A meta-analysis". Eur. J. Cancer 47 (5): 742–7. doi:10.1016/j.ejca.2010.11.003. PMID 21194924.
  6. Hahn DL, Schure A, Patel K, et al. (2012). "Chlamydia pneumoniae-specific IgE is prevalent in asthma and is associated with disease severity". PLOS ONE 7: e35945. doi:10.1371/journal.pone.0035945. PMC 3335830. PMID 22545149.
  7. Hahn DL (1995). "Treatment of Chlamydia pneumoniae infection in adult asthma: a before-after trial". J Fam Pract. 41 (4): 345–351. PMID 7561707.