Antônio Vale Caldre Fião

Antônio Vale Caldre e Fião
Antônio Vale Caldre Fião
Nascimento 15 de outubro de 1821
Porto Alegre
Morte 30 de março de 1876 (51 anos)
Ocupação médico, político, jornalista, escritor, professor

José Antônio do Vale Caldre e Fião (Porto Alegre, 15 de outubro de 1821 — 30 de março de 1876) foi um escritor, jornalista, político, médico e professor brasileiro. É considerado o patriarca da literatura gaúcha.

Biografia

Caldre e Fião exercia a profissão de boticário em Porto Alegre, mas mudou-se para o Rio de Janeiro durante a Guerra dos Farrapos, onde exerceu o magistério, ensinando francês, italiano, latim, filosofia e ciências naturais no Colégio Estrela. É provável que tenha se mudado com o objetivo de estudar medicina, pois frequentou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e estudou homeopatia, tendo abandonado a carreira de professor. Foi membro do Instituto Homeopático do Brasil.

Dedicou-se intensamente ao abolicionismo, fundando e dirigindo o jornal O Filantropo entre 1849 e 1851.[1] Foi membro da Sociedade contra o Tráfico de Africanos e Promotora da Colonização e Civilização dos Indígenas, da qual foi um dos fundadores em 1850. Por causa de seus ideais, Caldre e Fião foi perseguido e ameaçado.

Retornou ao Rio Grande do Sul em 1852, após obter seu diploma de médico, onde foi um dos fundadores da Sociedade Partenon Literário e seu presidente. Foi também deputado geral, pelo Partido Liberal-Progressista, em 1855, e tornou-se membro do Instituto de História e Geografia da Província de São Pedro.

No Rio Grande do Sul, estabeleceu-se numa chácara em São Leopoldo, onde, enquanto sua esposa dava abrigo aos filhos de escravas libertados pela Lei do Ventre Livre e abandonadas pelos senhores de suas mães escravas[1], ele dava prioridade à medicina e à política partidária, deixando em segundo plano a literatura. Em 1866, Caldre e Fião destacou-se no combate à epidemia de cólera.[1]

Obras

  • Elementos de Farmácia Homeopática, 1846;
  • A Divina Pastora, romance, 1847;[1]
  • Elogio Dramático ao Faustosíssimo Batizado do Príncipe Imperial D. Pedro, poesia, 1848;
  • Imerisa, romance, 1848;
  • O Corsário, romance, 1849;[1]

Ver também

Referências

  1. a b c d e PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
  • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro (v. 6). Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1900.
  • LAZZARI, Alexandre. Entre a grande e a pequena pátria: literatos, identidade gaúcha e nacionalidade (1860 – 1910). Campinas: Unicamp, 2004.
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